quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Liberté...

Buenas, vietnamitas...
A sensação de liberdade é algo viciante, n'est pas?
E eu, poeira de estrela que sou, a busco incansavelmente...
Sempre... em todos os ambientes... em todos os relacionamentos... todos os "canais"...
Uns dias atrás, lembrei de uma pessoa muito especial...
Nem sei quando foi que conversamos a última vez...
Não sei como essa pessoa conseguiu sobreviver a tanta hipocrisia, mentira, violência, desamor....
Pelo menos, AGORA, eu sei que essa pessoa é muito forte... rsrsr...
Tentei matar essa criatura durante todo esse tempo...
Algumas vezes, inconscientemente... muitas vezes, de maneira racional (?!?), consciente...
Tentava me justificar, dizendo que ela me prejudicava, me confundia, embolava o meio de campo...
E na verdade, era isso mesmo que estava fazendo... prá ver se me "salvava", né?
Quem sabe se com um pouco de caos, eu não achava o caminho prá casa?
Nos afastamos durante tanto tempo que, foi uma surpresa saber que ela ainda estava viva... e, exatamente, do mesmo jeito que era...
Surpreendente... rs...
Doente, como estou, não a vi de pronto...
Apenas, o convite sutil... "Lembra dela?... Está aqui aguardando prá falar com vc..."...
Foi só uma lembrança de sua presença alegre, forte e segura... Uma presença que invade o ambiente...
Ela sabe o que quer... não tem a menor idéia de como vai conseguir... mas, sabe que isso, é o que menos importa...
Tem foco... e uma imensa alegria pela vida... alegria por SER...
Nossa, faz tanto tempo que eu não via aquela alegria dela.... rsrsrs...
Tem tanta segurança em SER que chega a causar inveja...
Como será que ela consegue não temer? Sentir segurança... transitar pelo caos, como se estivesse caminhando num parque tranquilo??? rsrsrs...
Acho que a inteligência dela consiste na sua criatividade... Perfect... a perfect person...
Poderia descrevê-la em detalhes minuciosos... mesmo depois de tanto tempo longe... mesmo depois de tentar matá-la de todas as maneiras...
Poderia pedir perdão pelo que eu fiz conosco... com o tempo desperdiçado...
Poderia tentar explicar o inexplicável...
Ah, não... isso não é mais necessário... rsrs...
Tudo ficou muito mais fácil...
Prefiro abrir a porta e dizer: "Oi... quanto tempo... rsrs...senti sua falta, Regiane..."...

Bjus da Rê...

domingo, 21 de novembro de 2010

carl orff - carmina burana o fortuna

Fim do 1º ato...


Boa noite, Vietnam...
Ontem, terminei o 1º ano do meu curso...
rs... quase que não acontece, hein? rsrsrs...
Foi por muito pouco...
Mas, lá estava a Rê, feliz à beça recebendo o "certificado"...
Só Jah, sabe o que significa isso prá mim...
Lógico que algumas coisas não mudam... rs...
A sensação de destoar do contexto, por exemplo... do ambiente...
Mas, ok... tomando vinho e cantando o hino da escola... rsrsrs...
Será que consigo fazer algo com esse material?
De resto, o mesmo silêncio...
Prá variar comprei um livro... rsrsrs.... é que começou a "temporada de férias", sabe?
Na mala vai ter 3 biquinis e uma biblioteca...rsrsrsr....
É, seria legal ir prá Shambhala... rsrs.... ou pelo menos sonhar com o lugar...
A tristeza está mais amena...
Continuo no túnel... e nenhum sinal de luz... nem da saída...
Penso se a Lei Geral vai continuar absoluta... Será???
A verdade é que ela está apertando o cerco e prá onde tento escapar, lá está Ela... forte...
Forte, grande, estampando aquele sorriso vencedor... fechando a saída...
Não consigo fazer o gol... Ela pega todas... rs...
Neste 1º ato, ela estava na platéia... no começo, somente Ela...
Aquele teatro imenso... iluminação perfeita no palco...
Eu assistia ao espetáculo embevecida... feliz e orgulhosa por ter o privilégio de fazer parte...
Quando chegou minha vez, Ela apareceu com toda a sua força e criatividade...
Eu achei que sabia todas as "marcações" do palco, mas Ela jogou umas cores diferentes, na hora... mexeu com as falas e com o cenário...
Me perdi, totalmente... veio um cenário tão diferente e assustador...
Senti medo, cansaço... muito cansaço... de repente, eu estava escalando o Hymalaia... sozinha e... ei, onde estavam as cordas que eu coloquei na mochila???
Tudo o que eu tinha subido com os pés leves... descia, agora, com pés e corpo pesando como chumbo...
Olhar embaçado... e achei que a tristeza passaria assim que eu pusesse os pés no chão...
Ai, como é triste saber que você não vai ver a paisagem do alto do Hymalaia...
Custa muito chegar até os pés do Hymalaia... é um caminho para poucos...
Geralmente, quando chegamos aos pés, só ouvimos uma palavra: SUBA!
O espetaculo continuou sem mim, of course...
Mas, lá debaixo eu podia jurar que ouvia ainda as falas... a música... os personagens...
A mesma tristeza que move meus dedos para escrever "minhas impressões" e desabafos, me guiou até os pés do Hymalaia, novamente...
Ouvi a mesma palavra imperativa e que era música aos meus ouvidos: SUBA...
Subi decidida... não olhei prá baixo em nenhum momento...
Não por medo da altura, mas por saber que nada do que eu veria, me interessaria...
Meu objetivo era chegar ao palco e participar do espetáculo...
Na platéia, agora, a Lei Geral já não estava mais sozinha...
Não sei se Ela se espantou ou se irritou ou os dois... mas, na minha participação ela veio com a mesma tática... apresentando personagens na improvisação... rs...
E, assim, consegui terminar o 1º ato... com uma sensação de paz...
Apesar da tristeza, sei que essa subida vacilante, faz e fará toda a diferença...
Continuo sentindo o olhar da Lei Geral na minha nuca... rsrsrs....
Ela me olha com uma calma, uma tranquilidade impressionante...
Talvez, porque seja o seu jeito de "Dona da situação"... talvez, porque vê uma criatura fraca... pequena...
Deve pensar: "Ela acredita mesmo que vai me dar um nó?"...
Puxa, Lei Geral...
Você deu um mega azar... acho que vou te dar um perdido mesmo... rsrsrs....
Não tenho nada mais interessante a fazer... acredito que é o momento ideal para me dar uma chance...
Muito bom isso, dona Rê...
Próximas férias, rumo a Shambhala... rsrsr...
Bjus da Rê
P.S.: A fotinha é prá me despedir do cabelo...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Off...

Boa noite, Vietnam...
Um nevoeiro forte ainda cobre toda a região...
Céus... tenho a sensação que isso nunca mais vai passar... rs...
Nunca mais é tanto tempo...
Fico olhando pela janela e vejo que eu, literalmente, ou "realmente" não faço parte da paisagem...
Mas, também não há nenhum lugar que eu possa ir...
"Não há vagas"...
Se pelo menos houvesse uma lanterna, né? rsrsr.... enxergar nesse nevoeiro, é praticamente impossível...
O jeito é acionar os sentidos...
Tão enferrujados pela inércia... pelo mau uso...
Não há outra saída...o jeito é usá-los, agora, nesse momento de emergência....
Olhar com os olhos do coração... ainda que embaçado... ainda que me esforce para abrí-los... eles doem à luz da claridade... tanto tempo fechados... tanto tempo sem ver a luz...
O que vejo diante de mim, meu Deus? O que é isso ao meu redor?
Será que não é melhor as trevas?
Respirar fundo... é certo que, sentirei a putrefação do ambiente... mesmo assim... ainda assim, é necessário encher os pulmões de ar... exercitar esses músculos...
Ouvir a cantilena da lamuria... dos passos arrastados... do Santo nome em vão... ouvir o vazio... o eco... a minha respiração... a maledicência... o sorriso despreocupado...
Sentir na boca o gosto amargo do desperdício... o gosto da traição... o gosto da derrota.. da tristeza... o gosto do desejo que se foi...
Tatear a forma do objetos... dos móveis... será que eles falam? Necessário ficar alerta no apertar das mãos...
Vou depurar os meus sentidos... esquecer de procurar sentido...
Como diriam os que se calam prá mim: criar a ordem no caos!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Você está atrasada... você está atrasada...

Aloha, vietnamitas...
Não tenho lembranças claras do filme "Alice no país das Maravilhas".. rs...
Mas, nem precisa, n'est pas? rsrs...
Sinceramente, não sei se em alguma parte do filme ela "acordou", de verdade...
Será que ela percebeu que o tal país, na verdade, era irreal? Será que viu as "Maravilhas"?...
I don't know...
Alguma boa alma, poderia avisá-la que é perigoso e doloroso acreditar nas pessoas?
Essas poucas palavras vão poupar lágrimas, sofrimento, espanto... dor...
Digam o óbvio: o silêncio é a melhor ferramenta para dizer todo o necessário... é inútil usar as palavras... esse é o caminho errado que muitos ensinam... uns porque, ainda, não sabem... outros, para confundir e atrasar a sua caminhada...
Alice deve saber que a estrada é longa... escura... solitária...
Ela vai se perder... infinitas vezes... perigosas vezes...
Reencontrar o caminho dependerá, exclusivamente, dela... ninguém mais...
Talvez, Alice, se transforme em alguém desconfiada demais... triste demais... solitária demais...
Existe esse risco... pobre, Alice... mesmo porque, essa estrada é fria... parece que, mesmo quando o sol brilha, ele só alcança a paisagem... nunca o coração da Alice...
Portanto, ela que carregue o seu próprio lar dentro de si... o seu próprio sol... para o caminho que a espera...
Alice não sabe voar... não sei se vai conseguir... não sei, mesmo...
Às vezes acho que ela tem asas... chego a vê-las...
Mas, parece que ela prefere rastejar...
Por mais insano que possa parecer... ela prefere ficar no chão a voar...
Menina estranha, essa Alice...
Alguém poderia providenciar para que ela não perca a esperança... mas, não há viva alma para isso...
Pobre Alice...
Quem sabe um pouco de cinismo, ajudaria Alice? rs...
É sua vez de jogar...
Geralmente, é sempre quem pergunta...

Bjus da Rê

domingo, 7 de novembro de 2010

Carl Orff: Carmina Burana

De costas...

Boa noite, vietnamitas...
Falta pouco pra 2011... rs...
Estou contando com isso... rsrs...
Ok, é só uma maneira de contar os dias... de mudar de mês... de mudar a folha do calendário...
Mas, estou contando com a "virada" da folha do calendário...
Ultimamente, "grudei" no silêncio... no mutismo...
É a melhor companhia... o silêncio... é grande... invade todos os espaços... me invade...
Não quero falar... não consigo...
Falar... me recuso a me comunicar... a trocar...
Não quero trocas...
O que se tem prá hoje, é feio... ruim... amargo...
Não há a menor chance de fazer comunicação com isso... não me serve...
Dou as costas...
Sei que existe... reconheço a presença... mas, não há doação, de minha parte...
Estou cansada prá falar... prá olhar... prá chorar...
Estou cansada de sentir... de encontrar... de ser isso aqui...
Então, me recolho...
Quieta... rs... bem quieta...
Estamos quase no fim deste ano... posso dizer que foi movimentado...
Esse meu canto, nasceu... rsrsr...
Eu não sei se o próximo ano será melhor... acredito que ele será diferente... talvez, nem melhor, nem pior... Apenas diferente... rs...
Como tudo, n'est pas?
É possível que eu espere 2011, nos braços de Morfeu... um excelente lugar, por sinal...

Bjus da Rê

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fotos na Estante - Skank

Tristeza...

Buenas, vietnamitas...
Dias tristes, prá mim...
É o que se tem...
Estranho quando o deboche vem de um lugar, onde se espera aconchego, carinho...
Amor, há muito não espero... Não deste... nem neste... nem por isso...
Mas, o carinho... o afeto... ah, sim... eu esperei, sempre...
Que tristeza, mon Dieu....
Eu gostaria tanto de não sentir... de não entender... de não ver... não sentir...
Seria tão libertador... eu tiraria um câncer...
Queria poder escrever sobre o verão... queria poder dizer que há muito sol, aqui dentro...
Eu até poderia... rs... mas, seria fingido... não seria real... não seria honesto...
Eu poderia não escrever... rs...
Mas, esse espaço me pertence, n'est pas?
Aqui, eu posso dizer, não posso?
Há muito tempo venho dizendo que estou cansada...
E estou...
Mas, agora, estou machucada, também...
Não há necessidade de machucar mais...
Ando com cuidado... para não "esbarrar" em algo ou alguém...
Dói tanto que ando devagar... como se estivesse segurando um bebê...
As palavras... são tão letais... rsrsrs.... e tanta gente praticando jiu-jitsu... boxe.... rsrsrsrs...
Que desperdício, pessoas...
Estou muito triste... de verdade...
A vida não vai parar, por isso...
Tudo vai continuar, exatamente, como tem que ser... ou como é...
Só que eu vou parar...
Não quero mais...
É muito triste, entende? Não consigo mais...