terça-feira, 23 de abril de 2013

Credo... lá

Boa noite, Vietnã...

http://www.youtube.com/watch?v=_fNg3qHdEcY&feature=share&list=FLdbOL5IRwUlXko2hYtT71uQ

Eu e a estranha mania de acreditar no 0,0000001%...
O que era uma sentença, se transformou numa leve possibilidade...
Tudo depende da forma como a informação é passada...
E eu já deveria saber disso...
Pode ser uma sentença se não há consciência...
Mas, também pode ser um alerta...
Tudo depende...
Talvez, eu esteja brincando com fogo...
Essa proximidade com o fogo é perigosa... tenho noção disso...
É estranho ficar na mira de olhos tão sábios...
Estanho e especial...
É como se eu tivesse uma conversa secreta...
Gosto...
É estranho receber tanta raiva e ressentimento em praça pública...
É triste...
Sempre penso que sou uma estranha no ninho...
A famosa sensação de que não pertenço aquela tribo... de que não me querem ali... de que sou estranha...
A mesma sensação de que peguei o bonde andando... e todos se conhecem...
A incômoda sensação de chegar numa festa black-tie de chinelos e bermuda...
Sonhar que está descalça em público...
Nua em praça pública...
Um grupo... uma egrégora...
Nasci procurando aconchego... nasci procurando minha turma...
Em raríssimos momentos pude parar de caminhar e aproveitar lindos momentos de aconchego... rs...
Momentos ternos... azuis... com canela e açúcar...
Raros momentos em que pertenci verdadeiramente a algo ou alguém...
Mas, bendito seja esses breves momentos...
Me humanizaram... rs... me aqueceram...
Conheço tão bem de exílio...
Não sei quase nada do aconchego...
Do chegar e "estar em casa"...
De saber que naquele momento, naquele lugar... pode deixar a mochila no chão... pode descansar da caminhada... saber que vai encontrar uma bebida quente ou água fresca...
Saber que encontram ali abraços sinceros... fraternos...
Calor humano... no abraço e no olhar...
Não importa em que estação esteja...
No exílio, tudo é estranho...
São novos hábitos que obrigatoriamente aprendemos...
Por sobrevivência... por descaso de si mesmo... a famosa tristeza...
Você não quer estar ali... não quer estar distante do que te dá vida... do que acredita de todo o seu coração...
Mas, foi decretado uma LEI... e você não pode voltar... ou não pode ficar perto do fogo...
Então qualquer lugar é a Sibéria... qualquer lugar é qualquer outro lugar... menos o seu lar...
E você aprende a sobreviver... não porque quer...
Mas, sobrevive... dia-após-dia...
Encontra meios de driblar a mente e fazer daquela situação insana... um novo lar...
Todos os dias... todas as manhãs... todas as noites...
Cada dia que passa, é um dia a menos em minha "dívida" ...
Logo, tudo estará pago...
Isso me dá paz... Pensar que a dívida está sendo paga...
Assim como em Talavera Bruce Agrícola... a pena foi paga...
Estou triste demais...
Talvez eu não saiba "pertencer"... me doar...
Por isso o Universo não me deu a bênção de estar em aconchego...
Por enquanto eu caminho...
Sem pouso... sem paradas...

Um beijo da

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